Cláudio Castro diz que RJ vive crise hídrica por conta da seca e anuncia plano de contingência

  • 16/09/2024
(Foto: Reprodução)
Governador diz que 2 milhões de pessoas estão com restrição em municípios como Maricá, São Gonçalo, Itaboraí e Niterói e que 20 pessoas estão sendo investigadas por queimadas no estado. Governador Cláudio Castro detalha crise hídrica que RJ está enfrentando Rafael Nascimento / g1 O governador Cláudio Castro (PL) disse, na manhã desta segunda-feira (16), que o Rio de Janeiro enfrenta uma crise hídrica por conta da seca e anunciou um plano de contingência. “Hoje estamos sofrendo uma crise hídrica. Olhamos um plano de contingência para mantermos a normalidade. Dois milhões de pessoas estão com restrição em municípios como Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá. Tivemos uma reunião para ações de contingência e publicidade para podemos mitigar a crise hídrica. Estamos trabalhando para impactar o mínimo possível a população", disse o governador. Ainda de acordo com o governador, mais de 20 pessoas estão sendo investigadas por queimadas no estado, mas disse que não poderia dar detalhes para não atrapalhar a apuração. Segundo ele, nesta segunda, bombeiros combatem 12 focos de incêndio: "O retrato de hoje é bem melhor que nos últimos dias." “Notamos a ação humana em algumas das queimadas. Já temos investigações e alguns mandados estão sendo buscados na Justiça. Temos vídeos de pessoas ateando fogo. Esperamos que até no final da semana tenhamos mandados sendo cumpridos. Seremos implacáveis e esses criminosos estarão na prisão”, garantiu Castro. A previsão, segundo Castro, é que a situação permaneça complexa até o fim deste mês, mas que melhore em outubro. O governador voltou a negar que faltem recursos para o Corpo de Bombeiros. "O estado não cortou a verba. Ele queria aderir a uma ata e não deixaria uma ata ser aceita porque o outro secretário iria entrar. O novo comando está sendo avaliado. Temos mais de R$ 400 milhões no Funesbom". Redução no abastecimento Por conta da estiagem, o município de Guapimirim, na Baixada Fluminense, decretou emergência. Sem água, a solução encontrada pela concessionária Fonte da Serra e pela prefeitura foi fazer um rodízio e contratar caminhões-pipa. Outras cidades, também enfrentam problemas no abastecimento, mas, segundo o governador, ainda não há falta d'água. “Estamos com uma pequena redução de abastecimento da área de Niterói a Maricá, que são abastecidos pelo Imunana-Laranjal. Por isso, fizemos aquisições de carros-pipas para mitigar essa estiagem. Estamos trabalhando nesse sistema para que esse povo que já tem diminuição não tenha a falta de água. Essa é uma área de 2 milhões de pessoas e não queremos que eles fiquem sem abastecimento”. Aguinaldo Ballon, presidente da Cedae Rafael Nascimento/g1 Rio O presidente da Cedae, Aguinaldo Ballon, afirmou que, neste final de semana, a Cedae reduziu em 10% a captação da água no Imunana Laranjal e a distribuição para as concessionárias. Ele pediu para que a população economize. “Estamos com uma redução de 10% de captação e produção para cada uma das concessionárias. Isso significa que cada concessionária faz seu manejo do jeito que achar necessário. Um dia abastece um bairro e no outro, outro bairro." O estado vive hoje uma situação de "restrição hídrica". "A volumetria da disponibilidade é a menor nos 8 anos e na última semana nós tivemos uma redução de 10% na produção. Isso significa que estamos entregando 10% a menos para as concessionárias que atuam nessas áreas. Então, essas concessionárias estão redimensionando o abastecimento de água para que não afete a população individualmente." "Pode ser que bairros da ponta da linha tenha alguma restrição ou diminuição. Mas, 10% não é uma quantidade significativa, e as concessionárias têm como manobrar e esse impacto não ser muito grande", afirmou Ballon. O presidente da Cedae pediu que a população use a água em questões essenciais, como cozinhar e tomar banho, mas evite lavar carros e calçadas, por exemplo. "Quando comparamos o gráfico de produção, temos 70% do que temos no período de disponibilidade. Mas, o sistema Acari está sendo compensado pelo Guandu. Estamos disponibilizando mais água do Guandu para o sistema Acari para mitigar e minimizar o impacto desse sistema, que atende especificamente municípios da Baixada Fluminense. A gente tem uma expectativa de chuva para hoje e esperamos que tenhamos um reforço." Gabinete de crise Dias após diversos incêndios no estado, na última quarta (11) o estado decidiu criar um gabinete de crise para acompanhar as queimadas. No entanto, antes disso, o atual secretário de Defesa Civil e comandante-geral do Corpo de Bombeiros, o coronel Tarciso Antônio de Salles Junior, exonerou sete oficiais de postos de comando — como o de proteção ambiental. Além de dezena de diretores, coordenadores e assistentes da instituição. A pasta não explicou o motivo das exonerações. Dezessete mil incêndios em 8 meses Segundo o Corpo de Bombeiros, nos últimos 9 meses a corporação foi acionada para cerca de 17 mil incêndios florestais em todo o estado. Desde a última quinta (12), quando foi instalado o Gabinete de Gestão de Crise, mais de 1 mil focos já foram extintos, de acordo com a pasta. De acordo com o Corpo de Bombeiros, os municípios mais afetados pelo fogo são pelo são: Valença, Petrópolis, Vassouras, Friburgo, Teresópolis e cidades da Região Serrana. No entanto, informações da corporação indicam que o risco de incêndios é muito alto em todo o estado. No último sábado (14), a Secretaria Estadual de Meio Ambiente decidiu fechar todos os parques por causa do risco de incêndios.

FONTE: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2024/09/16/claudio-castro-diz-que-rj-vive-crise-hidrica-por-conta-da-seca.ghtml


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